

Capela de Santana
Largo do Santana, s/nº



HISTÓRICO

A atual Capela de Santana é uma réplica (em menor dimensão) da antiga capela, tendo sido inaugurada na primeira década do século XXI, no mesmo local da anterior. A antiga Capela de Santana teria sido a primeira de Paracatu, tendo sido edificada em 1736, tratando-se de uma pequena palhoça voltada para o córrego rico, na parte baixa da cidade. A primitiva capela foi substituída por outra, bem maior, em alvenaria e telhado de telhas. Seu interior foi ornamentado por escultores portugueses e baianos, que executaram ricos altares cm talha barroca. A Igreja foi abandonada e demolida no ano de 1935. Seus portais foram vendidos às famílias ricas de outras paragens e seu altar-mor foi transferido para a Igreja Matriz de Santo Antônio. Finalmente, no final do século XX, uma réplica voltou a ocupar o local da antiga capela, restituindo, simbolicamente, a religiosidade associada ao local.



DESCRIÇÃO

A Capela de Santana apresenta solução arquitetônica singela, remetendo ao modelo das primeiras capelas mineiras. A reconstrução procurou seguir as diretrizes da antiga capela, mas se pode perceber diferenças sensíveis, principalmente quanto à escala e à proporção adotadas (ver foto no verso). A fachada, com empena triangular, é marcada pela presença de elementos ressaltados em cimento que constituem imitações de uma estrutura autônoma de madeira. Há exagero no uso deste recurso, resultando em uma composição excessivamente modulada. Sobressaem, na composição, a portada em folhas almofadadas e as três janelas do coro. Do lado direito, há o vh1me da torre, acoplado à edificação, utilizando-se do prolongamento do telhado. As fachadas laterais e de fundos seguem a mesma orientação, recebendo modulações que imitam esteios, frechais e madres de madeira. O interior e extremamente simples, tratando-se de nave-única e coro, com acesso por escada lateral. Do ponto de vista construtivo, a Igreja foi edificada em massa de concreto e tijolos, sendo rebocada e pintada de branco interna e externamente. Os elementos ressaltados e as aberturas recebem pintura azul celeste. Os vãos são todos em vergas retas, enquadrados em madeira. A portada recebe vedação em duas folhas almofadadas. As janelas do coro, de proporção verticalizada, são as mais elaboradas, sendo vedadas em folhas cegas e complementadas, na parte externa, por balcões em balaustrada. As demais janelas são simples, de proporção quadrada, vedadas cm folhas duplas, cegas. O piso recebe revestimento em cerâmica e o forro é de madeira.
