Com o desenvolvimento do Arraial de Santana, as antigas palhoças deram lugar a ruas com casas feitas de alvenaria e telhas. Até ser elevada à condição de vila, o espaço urbano se moldou em função do garimpo. Depois disso, Paracatu foi consolidando a configuração espacial esboçada em suas origens, e que ainda hoje pode ser percebida em seu traçado urbano. As ruas principais ligavam pontos importantes e, invariavelmente, levavam às igrejas. Becos e travessas cruzavam essas ruas. Estreitos e pavimentados com pedras, de uso exclusivo para pedestres e animais de carga, eram definidos pelos

muros e paredes das casas; alguns deles ainda conservam esse calçamento. Outra característica importante são os largos, sempre com uma igreja ou uma árvore que fez ou ainda faz parte da história da cidade. O Largo do Santana, por exemplo, é marcado pela presença de uma filha da antiga paineira que viveu 273 anos ali, desde a construção da igreja e do próprio largo.