A partir do final da década de 1950, o desenvolvimento de Paracatu ganhava impulso com a construção de Brasília e a expansão agrícola na região. A nova capital desenhou as rotas dinâmicas da economia, transformando-se em ponto de encontro do sistema rodoviário brasileiro e integrando uma expressiva parcela da região Centro-Oeste e Norte no caminho do crescimento. Para quem fazia a rota Brasília-Belo Horizonte pela BR 040, Paracatu era passagem obrigatória. O efeito do fluxo constante de veículos foi a rápida transformação urbana, com a abertura de ruas, pavimentação com asfalto, instalação de diversos serviços e mudanças arquitetônicas. Durante o século 20, Paracatu sofreu perda de importantes exemplares da sua arquitetura colonial, que foram demolidos, e muitos becos e vielas deram lugar a construções. Nesse mesmo período, surge uma nova ideia de arquitetura, com exemplares modernistas e de Art Déco, que hoje fazem parte do contexto urbano e do patrimônio histórico.

 

Antiga Casa de Câmara e Cadeia

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No final da rua Direita, existia um sobrado imponente onde funcionava a Casa de Câmara e a cadeia da cidade. A Câmara ocupava o andar de cima; a cadeia ficava embaixo. Muitas cidades brasileiras tinham esse tipo de construção, comuns na época. A Casa de Câmara e Cadeia de Paracatu foi construída na década de 1870 e demolida 65 anos depois, em 1935.